26 de Dezembro de 2009 - Ecopista de Sever do Vouga

Fim-de-semana prolongado, muitas noitadas, muita comida... Convida a fazer umas sestas digestivas? Não! Convida a dar um passeio digestivo de bicicleta para queimar as rabanadas e os bolos-rei.

Apesar de a maioria das pessoas querer mesmo ficar a dormir, convenci uma amiga a acordar cedo e a fazer uma viagem de 70km para andar 20km de bicicleta. Nove da manhã estávamos na estação ferroviária de Sernada do Vouga a montar as bicicletas para a ecopista que nos levaria à Paradela. Como íamos integrados num grupo maior tivemos de esperar por muitas das restantes pessoas. No final éramos perto de 30 ciclistas.
Uns 3km de estrada e depois 6.1km de ecopista. Como fizemos alguns desvios para as vistas - praia fluvial - acabamos por andar cerca de 2 km mais.

Por causa das pausas fiz uma média de apenas 6.1km/h (era um passeio digestivo) com um máximo de 47.7km/h. Já vos conto como se consegue isso no plano.

Hora	9h30 a 12:30
Pessoas	30
Temperatura	5ºC
Distância	20km

A pista é maravilhosa. Passa por diversos túneis pequenos - nem justifica ligar as luzes - tem umas vistas fenomenais e é bastante plana. Só é pena as derrocadas. Muitas vezes metade ou mais da pista estava coberta por pedras caídas. A nível de protecções laterais podia ter mais, mas estavam nos pontos fundamentais.

Não há muito a dizer sobre este passeio, mas teve uma história "gira". Quando estávamos a menos de um kilómetro do fim a minha amiga conseguiu meter a roda na valeta e ser projectada para a frente. Por pouco atropelava-a! Ainda desmaiou por um bocado, mas, mal acordou, chegou enviada do céu outra amiga nossa num carro vassoura e levou-a para o final da prova. Um dos ciclistas suplentes levou a bicicleta caída e eu sprintei para a ver.
Se querem atingir velocidades perto dos 50km/h sem esforço basta fazerem 3 horas de passeio ligeiro como aquecimento e terem urgência em chegar. É infalível. Quando cheguei já ela estava bem e tinham chegado mais 2 amigos entretanto. Premonição? Coincidência? Ninguém diria que estávamos a uma hora de casa.

Tudo está bem quando acaba bem. Além das marcas no joelho, da vergonha passada perante tanta gente e de uma proibição para ir sair comigo, nem ela se pode queixar. O capacete salvou-a de muito pior e as joelheiras vão ser compradas num futuro próximo.

8 de Dezembro de 2009 - Porto

Aproveitei o bom tempo para dar uma voltinha matinal com a bicicleta. Já tinha planeado o percurso para dar 20km certos, como calhou ser dia de corrida a pé pelo Porto tive de fazer umas alterações para conseguir o número redondo. No final o GPS indicou 22km e faltava-lhe um bocado inicial. Muito estranho...

Fiz uma média fraquinha, 15km/h com um máximo de 51,5km/h (novo recorde!). 1h25 a andar, 15 minutos em semáforos.

Hora	10h00
Pessoas	1
Temperatura	15ºC
Distância	20km

Percurso Previsto

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Percurso Feito

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E aqui está o .kml da percurso. Só detectou satélites ao fim de algum tempo, muito estranho visto que o liguei ainda antes de arrancar.

Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E	E-F	F-G
Distância	4,5km	4,4km	2,6km	2km	2,9km	3,6km
Inclinação	subida ligeira	descida ligeira	plano	descidas e subidas
Trânsito	pouco	algum	muito
Piso	alcatrão, algum paralelo	alcatrão			alcatrão e paralelo

Percursos próprios

Uma ciclovia é uma faixa de rodagem para bicicletas. Cada vez se fazem mais para acelerar a circulação e reduzir a poluição. Numa cidade desenhada adequadamente (que respeitasse igualmente as pessoas e as suas opções de transporte) seria o meio de transporte mais ecológico, saudável, rápido, etc.

Existem algumas pistas construídas sobre antigas linhas férreas. Chamam-se ecopistas (nome dado pela REFER que as converteu). A vantagem dessas linhas é que são ininterruptas, seguras, apropriadas para bicicletas e, teoricamente, a distância mais curta entre dois pontos. Um destes dias vou experimentar a de Sever do Vouga.

Quando a pista atravessa zonas naturais é chamada ecovia, como a que fiz em Ponte de Lima. São de enorme beleza e a única alternativa para circular no meio da natureza.

Entre ciclovias urbanas, ecopistas e ecovias espalhadas por todo o país, de que forma rápida se pode escolher onde ir dar umas voltas? No outro dia descobri o Ciclovia. Este site com pouco mais de um ano tem um levantamento bastante completo das páginas sobre os percursos disponíveis pelo país fora, incluindo BTT. Já são quase 1000 quilómetros.

Recomendo fortemente a visita!

22 de Novembro de 2009 - Serra de Valongo

Passear ao fim-de-semana de bicicleta tem piada porque se encontra muitas ciclistas. ir num passeio organizado deveria ser muito mais engraçado por ser entre conhecidos.
Enquanto em Ponte de Lima éramos essencialmente amadores em busca de diversão, este domingo fui a um passeio que prometia muito mais. O segundo passeio de bicicleta da empresa (o primeiro foi durante as minhas férias) ia-nos levar a percorrer a Serra de Valongo.

Campo -> Terronhas -> Alvre -> Senhora do Salto -> Bustelo -> Orengas -> Campo

Ainda consegui gravar parte do percurso com o GPS, mas a bateria entretanto acabou. Liguei-o demasiado cedo... É pena porque no final ainda se fez muita estrada na zona industrial e a média ia melhorar.

Eram 20km no meio da natureza com altos e baixos, pedras, lama, água e tudo aquilo que distingue os trilhos florestais das ruas urbanas. As vistas não me surpreenderam, tinha estado naqueles sítios há 2 meses. Para quem não conheça é altamente recomendável que vá lá!

Hora	9h00
Pessoas	35 (aprox.)
Temperatura	10º a 15ºC
Distância	21km

Foi uma aventura. Durante duas horas ainda nos mantivemos juntos. As paragens eram frequentes (a cada 100 ou 1000m dependendo do espaço e do relevo) e os mais atrasados recuperavam. Quando ia demasiado à frente e seguia os mais aventureiros, descobríamos que o pelotão tinha optado por outro caminho mais suave... O mesmo aconteceu na parte fácil do percurso:
Depois da Senhora do Salto saí com o primeiro grupo enquanto os restantes subiam entre queixumes. Fomos cinco, mas mais tarde foram-se juntando outros. Quando acabamos éramos menos de 10 e quando acabei de desmontar e arrumar a bicicleta ainda não tinham chegado todos.

A velocidade média esteve pelos 8 a 10 km/h e fizemos paragens por isso demoramos 3 horas a fazer 21 km. Foi um passeio sossegado, mas pelo resultado imagino que o próximo seja menos concorrido e mais rápido.

Como disse acima fiquei sem GPS a meio. Aqui está o gráfico parcial de altitude (aquela bela subida é a Senhora do Salto). Quem quiser ver o percurso pode tirá-lo daqui. O que falta foi quase totalmente feito pela estrada.

8 de Novembro de 2009 - para secar a bicicleta

Quando voltei de Ponte de Lima a bicicleta era um monte de lama com rodas. Ainda por cima ao tirar da mala do carro foi preciso desaparafusar mais do que a roda e duvidava que estivesse em condições.
Para a lavar pedalei até à bomba de gasolina onde lhe dei uma bela mangueirada. Estando o aspecto mais ou menos normal, faltava testar.Como estava a 100 metros do jardim habitual, fiz uma das rotas pequenas que já antes tinha testado. Aquelas descidas são impecáveis para secar a bicicleta.

Hora	18h30
Pessoas	1
Temperatura	10ºC
Distância	9,6km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E
Distância	3,6km	1,2km	1,2km	3,6km
Inclinação	descida ligeira/normal	subida	descida	subida ligeira/normal
Trânsito	pouco	pouco	pouco	pouco
Piso	alcatrão	alcatrão	alcatrão	alcatrão

7 de Novembro de 2009 - Ponte de Lima

Ecovia de Power de Lima

No passado sábado apesar do tempo arriscámos e fizemos parte do percurso planeado. Não chegámos a percorrer os 15+15km que queríamos (ida e volta). Aos 7 começou a chover e voltámos para a vila. Ficou o desejo de voltarmos noutro dia, pelo menos para fazer a segunda metade. Mais tarde talvez arrisquemos o percurso até Viana.

Hora	11h a 15h
Pessoas	6
Temperatura	10ºC
Distância	14km

Chegamos sensivelmente a Luou, a viagem foi toda ao longo do rio e não pela estrada, mas não arranjei mapa.

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Percurso
Segmento	A - B	B-A
Distância	7km	7km
Inclinação	praticamente plano
Trânsito	--
Piso	terra

Powertrail Ponte de Lima

Se o tempo permitir, quando este artigo for publicado estarei algures entre Ponte de Lima e Ponte da Barca. Até já!

31 de Outubro de 2009 - Porto norte

Entre férias e chuvadas as saídas foram sendo adiadas. Hoje para me desforrar pedalei quase 25km, mas para facilitar foi praticamente tudo em alcatrão.

Distância: 24,6km
Tempo demorado: 1h20
Velocidade média: 18,5km/h
Velocidade máxima: 43,6km/h

Hora	17h a 19h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	24,6km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E
Distância	3,1km	2,7km	8,1km	9,3km
Inclinação	subida	metade a subir bem, metade a descer	descida	subida
Trânsito	poucos	muito	pouco	muito
Piso	alcatrão	alcatrão	alcatrão (excepto Pedro Hispano)	alcatrão

Quinto Mandamento: um ciclista é um condutor

Aos comandos de uma bicicleta entramos num mundo à parte, mas as regras que se aplicam são as mesmas.

Não se pode conduzir sem identificação

Não se pode conduzir a falar ao telemóvel

De noite e em túneis são precisas luzes

Deve-se sinalizar todas as manobras

As diferenças são nas faixas de rodagem.

Deve-se circular pela ciclovia quando existir uma

Não se pode conduzir por sentidos proibidos, passeios, vias pedonais, faixas de bus e faixas interditas a velocípedes

Um ciclista prudente e cumpridor sobrevive mais tempo.

Quarto Mandamento: Começar devagar

Aquecimento
Como em qualquer desporto não se deve começar ao máximo. Um início suave e completo devia ser um passo lógico a dar antes das pedaladas, só que nem sempre nos apetece fazer isso dentro da garagem.
Para isso o ideal é ter um sítio onde seja agradável dar um passeio lento e parar para alongamentos. Criando uma regra de partir sempre de um jardim está esse factor contornado. Da casa ao jardim a bicicleta vai pela mão. Lá dá-se uma voltinha de treino - para testar veículo e condutor - e só depois se parte para a viagem maior.
No regresso pára-se lá novamente para arrefecer.

Idealmente seriam feitos oito a quinze minutos antes e depois do exercício. Na prática poucos respeitam esse tempo. Cada um sabe de si e deve tentar fazer o máximo que suporte. Alternando diferentes exercícios faz-se muitos com pouco esforço.
Não só os joelhos, mas também os pulsos estão sujeitos a um grande esforço durante o ciclismo.

Existem vários sites com exercícios recomendados. Um simples e variado para quem está sem ideias é este.

Terceiro Mandamento: Equipamento de suporte

A bicicleta está pronta. O ciclista está pronto. Faltam os acessórios... ERRADO!

Chamando acessórios diminuímos a sua importância. São componentes imprescindíveis para uma viagem segura. Estão ordenadas por ordem decrescente de importância.

1. Capacete
Quando fui comprar o meu o conselho que me deram foi Experimenta todos. Quando encontrares um com que te sintas bem compra. Depois vês o preço. O capacete não é o acessório mais importante depois da bicicleta. Sem capacete simplesmente não se pode sair de bicicleta.

2. Bebida
Sabe muito bem andar de bicicleta com calor. Mas com sol e exercício desidratamos num instante. Temos de ter sempre no mínimo uma garrafa de água connosco. Um bidão com suporte é a solução mais prática. Estando fresco pode parecer um peso inútil, mas é preferível levar a trazer de volta do que não levar e passar uma hora com a boca seca.

3. Telemóvel
Ou moedas se andarmos na cidade. Precisando de ajuda urgente procura-se uma cabine. Fora da cidade não há cabines e mesmo na cidade nunca se sabe se são a moedas ou cartão, e se funcionam. O ideal é ter o nosso telefone portátil na bolsa.

4. Luvas e calções
Ao fim de alguns dias e quilómetros já a bicicleta deixou mazelas. Para as mãos não ganharem calos as luvas são uma grande ajuda. As adequadas a ciclismo são bastante baratas. Já para o traseiro, vítima mais popular deste desporto, o ideal é ter calções apropriados. Agora são almofadados e reduzem as fricções, só falta pedalarem por nós.

5. Luzes
Para quem pedala ao final do dia, o sol nem sempre chega para tudo o que se quer andar. E os automóveis por vezes parece que não nos vêem... Nada como ter luzes dianteiras e traseiras para nos assegurarmos que vemos e somos vistos.

6. GPS
Quem não sabe muito bem por onde vai, quem se perde facilmente, ou simplesmente quem quer medir a velocidade, safa-se com um simples GPS. Estes aparelhos cada vez fazem mais coisas, incluindo indicar rotas alternativas, estradas vedadas a bicicleta e o que há para ver nas redondezas.

3 de Outubro de 2009 - Massarelos e Cedofeita

Mais uma voltinha que fui dar para desenferrujar as pernas. Correu muito bem, as paragens que fiz foram todas por obrigação legal, nenhuma por cansaço.
O percurso é parecido com um que fiz a 11 de Setembro, mas por vezes escolhi estradas diferentes.

Hora	18 a 19h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	12,5km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D
Distância	3,8km	4,9km	4,0km
Inclinação	excepto pelo viaduto é plano ou a descer	misto de subidas e descidas	subida ligeira
Trânsito	muito pouco	pouco	pouco
Piso	misto	misto	alcatrão

Segundo Mandamento: Mente sã em corpo são

Além da componente física, também é preciso fazer trabalho de cabeça para que a viagem seja bem sucedida. Preparação, antecipação e conhecer as próprias limitações são o ponto de partida.
O ciclista tem de estar consciente da sua condição física. Quem não pratica há algum tempo pode começar com percursos pequenos e ir aumentando diariamente.

Base
A bicicleta não consegue levar tudo. Para colmatar essa falha o ideal é ter um carro-vassoura ou pontos de apoio ao longo do caminho. Não sendo possível temos sempre a nossa base. Seja uma prateleira na garagem, a tenda, ou a mala do carro, o lugar onde começamos a viagem tem de ter tudo. Na bicicleta basta ter uma bomba e remendos, o resto fica aqui à espera de oportunidade.

Estudo do percurso
Antes de sair de casa convém sempre ter um destino. Saber para onde se vai permite calcular o tempo que se demorará e obriga a pensar no esforço que se vai fazer.
É fundamental analisar o percurso. Para uma viagem longa estuda-se nascentes, alojamento e lojas. Para uma curta isso não é necessário, mas convém saber se em vez de ir pela estrada se pode fazer o mesmo caminho na ciclovia da rua paralela. Um conselho útil é tentar passar sempre perto de postos de gasolina. Estão por todo o lado e são excelentes alternativas para encher pneus, usar ferramentas e comprar bebidas.
Estando a rota feita é necessário pensar:
-aguento um percurso desta duração/inclinação?
-será seguro a esta hora?

Minimizar o pior cenário:
A bicicleta avaria. Se não dá para remediar na hora a solução é voltar. Andamos meia hora de bicicleta, agora o regresso é feito em 5 horas a pé... Quando se tem de percorrer distâncias grandes para chegar a algum lado não se consegue um caminho perfeito, mas num passeio sem destino certo podemos desenhar a nosso gosto. O ideal são círculos/quadrados em torno da base para que, em caso de acidente, seja fácil voltar.

O meu dia sem carros

Dia 22 como qualquer cidadão preocupado com o ambiente que mora perto do trabalho deixei o carro em casa. Para fazer os 6km diários optei pela bicicleta. Já tinha feito esse percurso várias vezes, inclusivamente de bicicleta, mas nunca tinha ido trabalhar assim.

Calculava 20 minutos mas ainda bem que saí antes, foi uma bela aventura. Ao chegar aos primeiros semáforos lembrei-me que faltava o aloquete. Voltei para trás, subi e peguei nele. Ia a entrar no elevador e logo voltei a casa. Afinal precisava da chave do carro, tinha lá deixado o cartão da empresa, junto ao de acesso ao parque. Fui ao carro, voltei à garagem (que é só para a bicicleta, o carro fica na rua) e recomecei a viagem.
Trânsito do início ao fim. Ainda bem que eu podia ziguezaguear entre eles :) No total, mesmo com a falsa partida e todos os avanços e recuos, só demorei 32 minutos. O tempo a pedalar foi um pouco abaixo dos 20 minutos, mas considerando que ia vestido com roupa não desportiva e com uma mochila ás costas não foi mau de todo.

No regresso sugeriram-me outro caminho e demorei meia hora... Para a próxima não me fio. Foram mais 13 km para a conta pessoal.

Primeiro Mandamento: A bicicleta em primeiro

Verificação da bicicleta
A bicicleta é a peça fundamental do ciclismo. Uma bicicleta sem ciclista consegue andar (numa descida, com rodas de apoio), mas um ciclista sem bicicleta é apenas um caminhante com roupa estranha.
Antes de sair de casa é preciso verificar se a bicicleta está em condições. Verificar parafusos, óleo, corrente, travões e pneus tem de ser parte da rotina tanto antes da partida como depois da chegada. Pode ser demorado, mas se a bicicleta falhar a meio lá se vai o ciclismo e o ciclista.

Imprevistos
Acontecem sempre. Convém por isso levar umas ferramentas básicas: bomba de ar e remendos. Um pequeno conjunto de chaves de apertar também não faz mal nenhum.

Pedalei Contra o Linfoma

Hora	9h a 13h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	32km

Foi um dia bastante divertido. Depois de uma noitada de festa não esperava acordar tão depressa e tão bem disposto. As boas causas fazem-nos isto. Às 9:10 já estava na estrada a pedalar. Fui para o Parque da Cidade pelo percurso habitual.
Percurso	Distância	Tempo	Média	Máximo
1. Ida para lá.	5.7km	13min	24.4km/h	45.9km/h
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Fiz o registo, recebi algumas coisas e afastei-me. Ao abrir o saco tive uma bela desilusão. O que chamavam lanche era uma barra de cereais muito pequena e uma bebida energética que não fazia o meu género. Pelo menos a t-shirt era gira. Achei curioso a APLL, normalmente de cor azul, adoptar a cor laranja para a corrida, e isso num dia de campanha eleitoral. Supondo que não foi nada mais do que uma coincidência a vestimenta até que era de bom material. Com o aumento do sol e a organização a dizer que a partida seria por volta das 11, olhei para o relógio e eram apenas 9:37! Dava tempo para trocar a bebida por algo mais a gosto e pôr protector solar... De volta à base!
2. Primeiro regresso	5.9km	25min	14.4km/h	30.9km/h
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Água, protector, e vamos voltar para lá.
3. Segunda ida	5.7km	15min	22.3km/h	44.1km/h
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A prova começou pelas 11:20, andámos a passo de caracol por imposição da barreira que separava os participantes pagantes dos VIPs, muita gente fez batota, muitos ciclistas juntaram-se à marcha, um motoqueiro misturou-se entre os pedais por querer subir a Avenida, em suma, aconteceu de tudo.
4. Prova	8.4km	41min	12.2km/h	29.8km/h
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No regresso, e já que não pude gastar energias na prova, escolhi um caminho de muitas subidas.
5. Regresso definitivo	6km	29min	12.9km/h	39.3km/h
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Tive ainda a surpresa de ver uma ciclovia a ser pintada na faixa central da Avenida da Boavista. Um excelente incentivo à prática de desporto no Parque da Cidade. Melhor era se já estivesse pronta para hoje... Trinta e dois quilómetros são uma bela forma de começar qualquer dia.

Percurso
Segmento	1	2	3	4	5
Distância	5.7 km	5.9 km	5.7 km	8.4 km	6 km
Inclinação	maioria descida	maioria subida	maioria a descer	início a descer, meio plano, final a subir	subida
Trânsito	pouco	pouco	pouco	bicicletas em pelotão	pouco
Piso	maioria alcatrão	maioria alcatrão	maioria alcatrão	maioria alcatrão	maioria alcatrão

22 de Setembro: Dia Europeu Sem Carros

Todos os anos algumas cidades pelo país fora aderem a esta iniciativa. Desde que isto começou a ser feito por aqui já calhou eu estar de férias e andar a pé, tal como calhou só precisar de andar fora da zona interdita e usar o carro.
Este ano podia fazer o mesmo, mas vou aproveitar para dar um novo uso à bicicleta: ir para o trabalho. Até podia fazer melhor e ir todos os dias da semana, mas não convém abusar :)

Mantenho sempre a esperança que algum ano este dia sirva para mudar mentalidades...

Pedalar Contra o Linfoma

Pedalamos sempre pela nossa saúde, que tal pedalar pela vida de todos? Tenciono estar presente neste passeio contra o linfoma.





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12 de Setembro de 2009 - Ovar

Fui ao Furadouro ver as Festas do Mar. O acesso de carro neste fim-de-semana é tradicionalmente difícil (diria impossível), mas não estava em condições de ir em bicicleta todo o caminho. Decidi-me pelo meio-termo: auto-estrada de carro, estrada de bicicleta. Onde fiz a troca? Parque de estacionamento do Dolce Vita Ovar :)
Foram 15 minutos a pedalar com uma velocidade média de 18km/h onde cheguei a atingir os 31 km/h.

Hora	11h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	4,5km

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Percurso
Segmento	A - B
Distância	4,5km
Inclinação	plano
Trânsito	n/a
Piso	ciclo-via

No regresso quis vir por outro caminho e apanhei as Festas... Tive de fazer um desvio pelo campismo. Para compensar a demora pedalei mais depressa. 16 minutos, 20km/h de média com 33.5 km/h de máximo.

Hora	18h
Pessoas	1
Temperatura	25ºC
Distância	5,6km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C
Distância	1,7km	4,0
Inclinação	inclinações variadas	plano
Trânsito	peões	n/a
Piso	um pouco de tudo	ciclo-via

11 de Setembro de 2009 - Massarelos e Cedofeita

Mais uma saída nocturna pela cidade. Alguns bocados do trajecto foram repetidos, mas aproveitei para testar a velocidade máxima da bicicleta. Deu 49km/h. Demorei quase uma hora a fazer o percurso, por isso a velocidade média foi de 13km/h.

No regresso, para variar do primeiro percurso, vim pela Circunvalação. À noite faz-se bem.

Hora	20h a 21h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	12,3km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E	E-F
Distância	1,8km	3,5km	2,6km	1,9km	2,6km
Inclinação	plano	descidas enormes, uma subida no início da Rua do Campo Alegre	subida até à Avenida da Boavista, de resto é plano	descida	plano
Trânsito	poucos	poucos	poucos	poucos	poucos
Piso	alcatrão	alcatrão	paralelo	alcatrão	alcatrão

10 de Setembro de 2009 - São Mamede, Leça do Balio e Gueifães

Decidido a visitar um tesouro escondido do nosso património, fiz-me à estrada para conhecer o que resta do aqueduto do Chantre. À ida com um pequeno desvio espreitei a feira medieval de Leça do Balio que decorre no mosteiro.
Foi a primeira vez que atravessei a Circunvalação em pedais. Para a semana venho outra vez para este lado. Não tendo percorrido nenhum caminho particularmente bonito, foi curioso descobrir quão perto estão todas estas localidades e como são diferentes. O aqueduto merece uma visita pelo seu estado de conservação.

O equipamento não foi todo testado. Só estreei a bolsa. O porta-garrafas não aparafusei e os calções estão à espera que a camisola amarela volte da lavagem.
A bolsa portou-se bem. Como ainda não tenho as ferramentas que é suposto guardar lá usei para transportar telemóvel, caneta e identificação.

Hora	20h a 21h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	13,5km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E	E-F
Distância	3,6km	1,3km	1,6km	0,6km	6,4km
Inclinação	descida ligeira	subida	plano que termina com uma subida	plano	variado, mas maioritariamente a subir
Trânsito	muito (fui sempre atrás dum autocarro 600)	poucos	poucos	poucos	poucos
Piso	alcatrão	alcatrão	paralelo	alcatrão	alcatrão

Equipamento

Surpresa das surpresas: no meu aniversário recebi equipamento de ciclismo. Garrafa, porta-garrafas, bolsa para equipamento, calções almofadados e... camisola amarela com patrocínios.
Desde que não me vejam a pedalar até pareço um profissional. Amanhã devo começar a estrear tudo isso.

2 de Setembro de 2009 - Baixa do Porto

Tinha de ir a um sítio perto da Alfândega, não me apeteceu ir de carro para a confusão por isso fui dar um passeio de bicicleta.
À ida foi fácil. Sempre a descer, se não fosse o paralelo tinha sido maravilhoso. Quando a rua era de pedra não só era preferível pedalar fora do assento como os travões ficavam bem menos fiáveis.
No regresso a subida não perdoou e retirou-me a vontade de fazer uma segunda viagem. Ainda bem, começou a chover :)

Hora	19h a 20h
Pessoas	1
Temperatura	25ºC
Distância	9,3km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E	E-F	F-G
Distância	2,2km	1,1km	1,3km	1,3km	2,4km	1,0km
Inclinação	plano	descida acentuada	descida acentuada	subida acentuada	subida acentuada	descida
Trânsito	poucos	poucos	muitos	muitos veículos pesados	muitos	poucos
Piso	alcatrão (excepto Rua do Almada, em paralelo	paralelo	alcatrão (parei onde começa uma ciclovia)	alcatrão	alcatrão	maioria em paralelo

16 de Agosto de 2009 - Furadouro

Domingo solarengo, nada para fazer, vamos dar uma voltinha. Ainda não tinha a minha bicicleta nova pelo que peguei na do meu irmão. Era uma ferrugenta encostada no canto da garagem, mas era a única que havia.
No Furadouro conduzo de olhos fechados, na nacional nunca tinha pedalado. Normalmente faço Furadouro-Ovar pela outra estrada que tem ciclovia. Desta vez queria ir ao Campo de Tiro, tinha de ser por esta.

Ultrapassei muitos carros parados no trânsito. Precisei de esperar que um carro me protegesse para entrar para a nacional. Pedalei pela ciclovia até ao campo... e tive de continuar até à rotunda seguinte para voltar porque não havia abertura. No regresso vim pela estrada todo o caminho.

Hora	16h - 17h
Pessoas	1
Temperatura	25º a 30ºC
Distância	8,4km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E
Distância	2,5km	1,5km	1,5km	2,9km
Inclinação	plano	plano	plano	plano
Trânsito	pouco	muitos, mas parados	caminho independente	poucos	poucos
Piso	alcatrão velho	ciclovia	alcatrão	alcatrão velho

26 de Agosto de 2009 - Boavista

Desafiado por uma amiga minha fui fazer a Avenida da Boavista. Saí de casa pouco antes das 19 e fui calmamente até à Avenida. Descemos depressa, passeamos para ambos os lados, depois começou a penosa subida... pelo menos era o que eu achava. Jogando com as mudanças faz-se muito bem os 4 km.
O pior foi no regresso. O guiador soltou-se e tive de a trazer à mão por 1500 metros. Para a próxima tenho de fazer uma inspecção mais cuidadosa...

Hora	19h - 21h
Pessoas	3
Temperatura	20º a 25ºC
Distância	16km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-E	E-F	F-G
Distância	2,9km	4km	2,2km	5,8km	1,1km
Inclinação	plano (excepto no viaduto)	descida acentuada	plano (subida em Domingos Sequeira)	subida acentuada	plano
Trânsito	pouco	pouco	muitos peões	pouco	pouco
Piso	maioritariamente alcatrão, algum paralelo	alcatrão	ciclovia e passeio	alcatrão	primeiro paralelo, depois alcatrão

Apresentação

Olá. O meu nome é Nuno e tenho sido daqueles ciclistas de Verão que estando sol pega na amiga de duas rodas e vai para a praia. O resto do ano a pechincha fica esquecida a ganhar ferrugem numa garagem até que um ou dois anos depois é preciso comprar outra.
Agora tudo mudou. Decidido a andar de bicicleta também na cidade, comprei uma melhorzinha e para rentabilizar o investimento qualquer desculpa serve para ir dar uma volta.

Com o tempo chuvoso começam as desculpas e por isso criei este blog como motivação para continuar a andar. Para sair mais vezes, conhecer mais sítios e descobrir novos percursos.
Este ano já fiz um percurso de praia e um de cidade. Para a semana já tenho mais uma saída marcada.

Todos os ciclo-leitores podem sugerir eventos, percursos e locais. Quanto mais se der ao pedal melhor.