Segundo Mandamento: Mente sã em corpo são

Além da componente física, também é preciso fazer trabalho de cabeça para que a viagem seja bem sucedida. Preparação, antecipação e conhecer as próprias limitações são o ponto de partida.
O ciclista tem de estar consciente da sua condição física. Quem não pratica há algum tempo pode começar com percursos pequenos e ir aumentando diariamente.

Base
A bicicleta não consegue levar tudo. Para colmatar essa falha o ideal é ter um carro-vassoura ou pontos de apoio ao longo do caminho. Não sendo possível temos sempre a nossa base. Seja uma prateleira na garagem, a tenda, ou a mala do carro, o lugar onde começamos a viagem tem de ter tudo. Na bicicleta basta ter uma bomba e remendos, o resto fica aqui à espera de oportunidade.

Estudo do percurso
Antes de sair de casa convém sempre ter um destino. Saber para onde se vai permite calcular o tempo que se demorará e obriga a pensar no esforço que se vai fazer.
É fundamental analisar o percurso. Para uma viagem longa estuda-se nascentes, alojamento e lojas. Para uma curta isso não é necessário, mas convém saber se em vez de ir pela estrada se pode fazer o mesmo caminho na ciclovia da rua paralela. Um conselho útil é tentar passar sempre perto de postos de gasolina. Estão por todo o lado e são excelentes alternativas para encher pneus, usar ferramentas e comprar bebidas.
Estando a rota feita é necessário pensar:
-aguento um percurso desta duração/inclinação?
-será seguro a esta hora?

Minimizar o pior cenário:
A bicicleta avaria. Se não dá para remediar na hora a solução é voltar. Andamos meia hora de bicicleta, agora o regresso é feito em 5 horas a pé... Quando se tem de percorrer distâncias grandes para chegar a algum lado não se consegue um caminho perfeito, mas num passeio sem destino certo podemos desenhar a nosso gosto. O ideal são círculos/quadrados em torno da base para que, em caso de acidente, seja fácil voltar.

O meu dia sem carros

Dia 22 como qualquer cidadão preocupado com o ambiente que mora perto do trabalho deixei o carro em casa. Para fazer os 6km diários optei pela bicicleta. Já tinha feito esse percurso várias vezes, inclusivamente de bicicleta, mas nunca tinha ido trabalhar assim.

Calculava 20 minutos mas ainda bem que saí antes, foi uma bela aventura. Ao chegar aos primeiros semáforos lembrei-me que faltava o aloquete. Voltei para trás, subi e peguei nele. Ia a entrar no elevador e logo voltei a casa. Afinal precisava da chave do carro, tinha lá deixado o cartão da empresa, junto ao de acesso ao parque. Fui ao carro, voltei à garagem (que é só para a bicicleta, o carro fica na rua) e recomecei a viagem.
Trânsito do início ao fim. Ainda bem que eu podia ziguezaguear entre eles :) No total, mesmo com a falsa partida e todos os avanços e recuos, só demorei 32 minutos. O tempo a pedalar foi um pouco abaixo dos 20 minutos, mas considerando que ia vestido com roupa não desportiva e com uma mochila ás costas não foi mau de todo.

No regresso sugeriram-me outro caminho e demorei meia hora... Para a próxima não me fio. Foram mais 13 km para a conta pessoal.

Primeiro Mandamento: A bicicleta em primeiro

Verificação da bicicleta
A bicicleta é a peça fundamental do ciclismo. Uma bicicleta sem ciclista consegue andar (numa descida, com rodas de apoio), mas um ciclista sem bicicleta é apenas um caminhante com roupa estranha.
Antes de sair de casa é preciso verificar se a bicicleta está em condições. Verificar parafusos, óleo, corrente, travões e pneus tem de ser parte da rotina tanto antes da partida como depois da chegada. Pode ser demorado, mas se a bicicleta falhar a meio lá se vai o ciclismo e o ciclista.

Imprevistos
Acontecem sempre. Convém por isso levar umas ferramentas básicas: bomba de ar e remendos. Um pequeno conjunto de chaves de apertar também não faz mal nenhum.

Pedalei Contra o Linfoma

Hora	9h a 13h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	32km

Foi um dia bastante divertido. Depois de uma noitada de festa não esperava acordar tão depressa e tão bem disposto. As boas causas fazem-nos isto. Às 9:10 já estava na estrada a pedalar. Fui para o Parque da Cidade pelo percurso habitual.
Percurso	Distância	Tempo	Média	Máximo
1. Ida para lá.	5.7km	13min	24.4km/h	45.9km/h
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Fiz o registo, recebi algumas coisas e afastei-me. Ao abrir o saco tive uma bela desilusão. O que chamavam lanche era uma barra de cereais muito pequena e uma bebida energética que não fazia o meu género. Pelo menos a t-shirt era gira. Achei curioso a APLL, normalmente de cor azul, adoptar a cor laranja para a corrida, e isso num dia de campanha eleitoral. Supondo que não foi nada mais do que uma coincidência a vestimenta até que era de bom material. Com o aumento do sol e a organização a dizer que a partida seria por volta das 11, olhei para o relógio e eram apenas 9:37! Dava tempo para trocar a bebida por algo mais a gosto e pôr protector solar... De volta à base!
2. Primeiro regresso	5.9km	25min	14.4km/h	30.9km/h
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Água, protector, e vamos voltar para lá.
3. Segunda ida	5.7km	15min	22.3km/h	44.1km/h
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A prova começou pelas 11:20, andámos a passo de caracol por imposição da barreira que separava os participantes pagantes dos VIPs, muita gente fez batota, muitos ciclistas juntaram-se à marcha, um motoqueiro misturou-se entre os pedais por querer subir a Avenida, em suma, aconteceu de tudo.
4. Prova	8.4km	41min	12.2km/h	29.8km/h
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No regresso, e já que não pude gastar energias na prova, escolhi um caminho de muitas subidas.
5. Regresso definitivo	6km	29min	12.9km/h	39.3km/h
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Tive ainda a surpresa de ver uma ciclovia a ser pintada na faixa central da Avenida da Boavista. Um excelente incentivo à prática de desporto no Parque da Cidade. Melhor era se já estivesse pronta para hoje... Trinta e dois quilómetros são uma bela forma de começar qualquer dia.

Percurso
Segmento	1	2	3	4	5
Distância	5.7 km	5.9 km	5.7 km	8.4 km	6 km
Inclinação	maioria descida	maioria subida	maioria a descer	início a descer, meio plano, final a subir	subida
Trânsito	pouco	pouco	pouco	bicicletas em pelotão	pouco
Piso	maioria alcatrão	maioria alcatrão	maioria alcatrão	maioria alcatrão	maioria alcatrão

22 de Setembro: Dia Europeu Sem Carros

Todos os anos algumas cidades pelo país fora aderem a esta iniciativa. Desde que isto começou a ser feito por aqui já calhou eu estar de férias e andar a pé, tal como calhou só precisar de andar fora da zona interdita e usar o carro.
Este ano podia fazer o mesmo, mas vou aproveitar para dar um novo uso à bicicleta: ir para o trabalho. Até podia fazer melhor e ir todos os dias da semana, mas não convém abusar :)

Mantenho sempre a esperança que algum ano este dia sirva para mudar mentalidades...

Pedalar Contra o Linfoma

Pedalamos sempre pela nossa saúde, que tal pedalar pela vida de todos? Tenciono estar presente neste passeio contra o linfoma.





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12 de Setembro de 2009 - Ovar

Fui ao Furadouro ver as Festas do Mar. O acesso de carro neste fim-de-semana é tradicionalmente difícil (diria impossível), mas não estava em condições de ir em bicicleta todo o caminho. Decidi-me pelo meio-termo: auto-estrada de carro, estrada de bicicleta. Onde fiz a troca? Parque de estacionamento do Dolce Vita Ovar :)
Foram 15 minutos a pedalar com uma velocidade média de 18km/h onde cheguei a atingir os 31 km/h.

Hora	11h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	4,5km

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Percurso
Segmento	A - B
Distância	4,5km
Inclinação	plano
Trânsito	n/a
Piso	ciclo-via

No regresso quis vir por outro caminho e apanhei as Festas... Tive de fazer um desvio pelo campismo. Para compensar a demora pedalei mais depressa. 16 minutos, 20km/h de média com 33.5 km/h de máximo.

Hora	18h
Pessoas	1
Temperatura	25ºC
Distância	5,6km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C
Distância	1,7km	4,0
Inclinação	inclinações variadas	plano
Trânsito	peões	n/a
Piso	um pouco de tudo	ciclo-via

11 de Setembro de 2009 - Massarelos e Cedofeita

Mais uma saída nocturna pela cidade. Alguns bocados do trajecto foram repetidos, mas aproveitei para testar a velocidade máxima da bicicleta. Deu 49km/h. Demorei quase uma hora a fazer o percurso, por isso a velocidade média foi de 13km/h.

No regresso, para variar do primeiro percurso, vim pela Circunvalação. À noite faz-se bem.

Hora	20h a 21h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	12,3km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E	E-F
Distância	1,8km	3,5km	2,6km	1,9km	2,6km
Inclinação	plano	descidas enormes, uma subida no início da Rua do Campo Alegre	subida até à Avenida da Boavista, de resto é plano	descida	plano
Trânsito	poucos	poucos	poucos	poucos	poucos
Piso	alcatrão	alcatrão	paralelo	alcatrão	alcatrão

10 de Setembro de 2009 - São Mamede, Leça do Balio e Gueifães

Decidido a visitar um tesouro escondido do nosso património, fiz-me à estrada para conhecer o que resta do aqueduto do Chantre. À ida com um pequeno desvio espreitei a feira medieval de Leça do Balio que decorre no mosteiro.
Foi a primeira vez que atravessei a Circunvalação em pedais. Para a semana venho outra vez para este lado. Não tendo percorrido nenhum caminho particularmente bonito, foi curioso descobrir quão perto estão todas estas localidades e como são diferentes. O aqueduto merece uma visita pelo seu estado de conservação.

O equipamento não foi todo testado. Só estreei a bolsa. O porta-garrafas não aparafusei e os calções estão à espera que a camisola amarela volte da lavagem.
A bolsa portou-se bem. Como ainda não tenho as ferramentas que é suposto guardar lá usei para transportar telemóvel, caneta e identificação.

Hora	20h a 21h
Pessoas	1
Temperatura	20ºC
Distância	13,5km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E	E-F
Distância	3,6km	1,3km	1,6km	0,6km	6,4km
Inclinação	descida ligeira	subida	plano que termina com uma subida	plano	variado, mas maioritariamente a subir
Trânsito	muito (fui sempre atrás dum autocarro 600)	poucos	poucos	poucos	poucos
Piso	alcatrão	alcatrão	paralelo	alcatrão	alcatrão

Equipamento

Surpresa das surpresas: no meu aniversário recebi equipamento de ciclismo. Garrafa, porta-garrafas, bolsa para equipamento, calções almofadados e... camisola amarela com patrocínios.
Desde que não me vejam a pedalar até pareço um profissional. Amanhã devo começar a estrear tudo isso.

2 de Setembro de 2009 - Baixa do Porto

Tinha de ir a um sítio perto da Alfândega, não me apeteceu ir de carro para a confusão por isso fui dar um passeio de bicicleta.
À ida foi fácil. Sempre a descer, se não fosse o paralelo tinha sido maravilhoso. Quando a rua era de pedra não só era preferível pedalar fora do assento como os travões ficavam bem menos fiáveis.
No regresso a subida não perdoou e retirou-me a vontade de fazer uma segunda viagem. Ainda bem, começou a chover :)

Hora	19h a 20h
Pessoas	1
Temperatura	25ºC
Distância	9,3km

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Percurso
Segmento	A - B	B-C	C-D	D-E	E-F	F-G
Distância	2,2km	1,1km	1,3km	1,3km	2,4km	1,0km
Inclinação	plano	descida acentuada	descida acentuada	subida acentuada	subida acentuada	descida
Trânsito	poucos	poucos	muitos	muitos veículos pesados	muitos	poucos
Piso	alcatrão (excepto Rua do Almada, em paralelo	paralelo	alcatrão (parei onde começa uma ciclovia)	alcatrão	alcatrão	maioria em paralelo